A crítica sem coerência é a ilusão de se estar sempre certo

A crítica sem coerência é a ilusão de se estar sempre certo
Criticar sem fundamento não é ser inteligente. A crítica desnecessária não te engrandece, muito pelo contrário apenas te isola.
A crítica desnecessária, nada mais é do que a vontade de controlar o outro, de mandar, de sentir-se superior e de iludir-se ao acreditar que está sempre certo. Criticar sem fundamento, é a expressão do egoísmo (cria um eu) que impede a possibilidade de se ter uma relação verdadeira e gentil com a vida e com o próximo.
A crítica (negativa) busca impor, busca destruir a expressão do outro. Impedindo qualquer possibilidade de comunhão, destrói a comunicação, pois corrói qualquer relação. O crítico busca brilhar negando a luz no outro; e assim, nega a luz em si mesmo, pois nega em si o amor que sente ao compartilhar e reconhecer a expressão do outro.
Por trás da crítica há um mórbido prazer em destruir o outro. O ser humano ao criticar, se sente como um << eu correto e superior >>, o <<cheio de razão >>, tem a ilusão de ser o único representante de Deus na terra.
O critico habitual pode ter medo de alimentar o ego do outro, porém aquele que critica por hábito, assim faz através de seu desejo e egoismo de critico.
Pobre e solitária é a infeliz criatura, que constrói sua cova em vida a cada crítica incoerente que faz. Pois a crítica isola e corrói a possibilidade do crítico de amar-se, de amar e de ser amado. E claro, que o crítico não suporta a crítica.
A crítica nada mais é do que um péssimo e complexo hábito. A insegurança, a carência, o egocentrismo generalizado e a falsa espiritualidade, levam o ser humano a negar a Si Mesmo a liberdade da Compreensão e da Compaixão.
Ao buscarmos crescer e aprender em comunhão como o próximo, todos prosperam.
Como o crítico não confia em si mesmo, então tem que destruir o outro. O crítico se sente alto apenas quando pisa no outro. Pois a crítica ao outro, encobre a própria incapacidade de ser feliz e nega em si mesmo a expressão do amor e da sabedoria.
Meditar leva a identificar estes hábitos internos e a transcendê-los pela compreensão e renovação do comportamento externo. Compreender a relação equivocada ao ser um critico egoísta e assim terminar com a cumplicidade com o mal, nos libertará e nos levará a experiência de confiar no outro e na vida.
O Amor e a Sabedoria apenas surgem em uma mente silenciosa e pacífica diante dos fatos.
Medite e viva a cada dia como se fosse o seu último.
Eloi Campos